domingo, 8 de agosto de 2010

Meu cachorro, meus amigos...

Hum! Demorei para escrever no meu blog, as aulas voltaram, estava sem net e cansada com a rotina diária, já que no segundo semestre passamos por uma readaptação.

Mas resolvi escrever sobre outras coisas. Como alguns já sabem, tenho um lindo cachorro, que é um companheiro, amigo e carinhoso, não dá nem para explicar. Olhando para o Júlio meu cão, comecei a fazer algumas analogias, como sempre rsrrsrs!

Quando pensamos em animais domésticos, logo nos lembramos de cachorros e gatos porque são mais comuns dentro de casa ou apartamento.

Para ter um cachorro, por exemplo, não basta escolher o mais bonitinho. Acho que o cachorro tem que ter um temperamento que combine com o espaço e com sua família humana.

Eu escolhi um cachorro... Um lindo Lhasa-apso e seu nome é Júlio.

Cachorros são carinhosos: fazem festa quando chegamos, cobram atenção, querem estar sempre junto, têm prazer em participar da nossa vida. Por isso, são ótimos. Os felinos, por sua vez, são desapegados, práticos e individualistas. Já tive um gato quando solteira, seu nome era MIMI.

Um gato chega junto, marca presença ou pede colo só quando quer. Quando não está a fim, ou quando não está precisando de nada, sai à francesa, vai pro canto dele e nem dá confiança ao dono. Às vezes, aparece só para comer e em seguida some novamente. Independente por natureza adapta-se bem àquele perfil de dono que passa o dia fora, não tem saco ou disponibilidade para viver grudado.

Essa mesma dicotomia me ajudou a projetar nas minhas amizades.

Pensei que existe amigo-cão e amigo-gato. Os amigos-cão é aquele, com quem você fala o tempo todo; vocês se telefonam e se vêem a qualquer hora, mesmo sem ter um grande motivo para isso - o desejo de estar junto e dividir as bobagens do dia-a-dia já são suficientes. São pessoas que estão sempre por dentro da sua vida, porque os caminhos andam juntos naturalmente (ainda que com eventuais desencontros ao longo do tempo). Com eles, você sabe que pode contar sempre, nos bons e maus momentos, sem pudores, frescuras ou cerimônias. São grandes companheiros.

Já os amigos-gatos dão as caras apenas quando querem. Vocês se encontram, conversam se divertem e é ótimo. Depois, eles podem desaparecer por semanas ou até meses, e nem mesmo uma ligação ou e-mail podem abreviar o sumiço: eles não vão retornar seu contato. Por isso, se a questão for urgente, não peça socorro para eles - você corre um sério risco de ficar na mão. Isso não quer dizer, porém, que eles não se importem ou não gostem de você. Ou que as atenções deles sejam insinceras e movidas por interesse. Como os felinos, eles prezam demais a própria liberdade, o direito de ir e vir como bem entenderem, e não toleram pegação no pé.

Se o segredo da boa convivência passa pela aceitação das diferenças do outro, entender os amigos é fundamental para evitar desgastes. A combinação mais delicada e sujeita a instabilidades climáticas é aquela em que alguém com perfil de cachorro se relaciona com um amigo-gato. O temperamento afetuoso e, em certa medida, emocionalmente dependente do sujeito acaba exigindo da amizade uma presença e um nível de troca que o amigo-gato não está disposto a dar, porque não é do seu feitio, é contra a sua natureza.

Convém fazer um esforço extra para enxergar o outro como é, resistir ao impulso de moldá-lo aos nossos valores e compreender que certos gestos e atenções devem ser espontâneos. Nem todo mundo é capaz de preencher todas as nossas necessidades; para algumas delas, é melhor poupar frustrações e contar logo com um amigo-cachorro. Uma atitude muito mais sábia do que passar dias e noites a fio tentando ensinar um gato a sentar e dar a pata.

Eu, não tenho dúvidas de que algumas vezes sou uma “amiga-cachorra” e muitas vezes ”amiga-gata”. Sumo, não dou notícias, mas isso não significa que não amo meus amigos. O engraçado é que mesmo sendo mais gata do que cachorra tenho a graça de ter ao meu lado mais amigos cachorros, que me ligam, se preocupam e partilham dos meus momentos mais difíceis.

Principalmente ao longo desse ano, tentei ser a gata escondida, mas aqueles que me amam não permitiram isso e me fizeram entender que nesse momento não só precisava deles, como deveria aprender a ser mais “amiga cachorro”

É isso ai!


bjinhus

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