É 11 de dezembro de 1963. Greve geral em Antares. O fornecimento de luz é interrompido, os telefones não funcionam mais, os coveiros encostam as pás. Dois dias depois, uma sexta-feira 13, sete pessoas morrem - entre elas d. Quitéria, matriarca da cidadezinha. Insepultos e indignados, os defuntos resolvem agir: querem ser enterrados. Reunidos no coreto, decidem empestear com sua podridão o ar da cidade. Enquanto ninguém os enterra, porém, resolvem acertar as contas com os vivos e passam a bisbilhotar e infernizar a vida dos familiares.
“O segredo de Emma Corrigan”
Autor: Sophie Kinsella
Editora: Record
A vida de Emma Corrigan não é extremamente um livro aberto. Ela tem segredos que não revela para ninguém, muito deles sobre o seu trabalho e namorado. No entanto, durante uma viagem de avião repleta de turbulências, ela pensa que vai morrer e acaba contando todos os segredos para o bonitão ao lado.
“A montanha e o rio”
Autor: Da Chen
Editora: Nova Fronteira
"A montanha e o rio" narra a saga de dois irmãos que trilham caminhos distintos, mas cujas vidas se encontram quando se mesclam inevitavelmente aos acontecimentos que marcam a história política e social da China no final do século XX. Numa trama repleta de conspiração, mistério e paixão, Tan e Shento se tornam inimigos ferozes tanto no campo político quanto no pessoal, pois, por um capricho do destino, se apaixonam pela mesma mulher, o que contribui para acirrar ainda mais o ódio que sentem um pelo outro. Com esta história envolvente, que levou oito anos para ser concluída, Da Chen, conhecido por suas obras memorialísticas, faz sua primeira incursão pela área da ficção. A marca de Da Chen está por certo presente nesta narrativa que possui também traços do romance histórico e é perpassada pelas milenares tradições do Oriente e suas relações com o mundo ocidental.
“O Físico”
Autor: Noah Gordon
Editora: Rocco
O drama turbulento e, por vezes, divertido, de um homem dotado do poder quase místico de curar, que tem a obsessão de vencer a morte e a doença, é aqui contado desde o obscurantismo e a brutalidade do século XI na Inglaterra ao esplendor e sensualidade da Pérsia, detalhando a idade de ouro da civilização árabe e judaica.
A história começa quando Rob Cole, órfão, aprendiz de um barbeiro-cirurgião na Inglaterra, toma conhecimento da existência de uma escola extraordinária na Pérsia, onde um famoso físico leciona. Decidido a ir a seu encontro, descobre que o único problema estava no fato de que cristãos não tinham acesso às universidades muçulmanas durante as Cruzadas. A solução era Rob assumir a identidade de um judeu, ao mesmo tempo em que se envolvia com uma avalanche de fatos verdadeiramente impressionantes. ´Mais que uma recriação histórica magistral, aqui está também a história fantástica de uma vocação para a medicina. O romance de Noah Gordon recria o século XI de maneira tão eloqüente que o leitor é levado em suas centenas de páginas por uma onda gigantesca de autenticidade e imaginação´, como se referiu o Publishers Weekly a "O Físico", de Noah Gordon, autor festejado como um dos maiores nomes do mundo literário norte-americano e presente em todas as listas dos livros mais vendidos.
“Eu , Malika Oufkir , Prisioneira do Rei”
Autor: Malika Oufkir
Editora de Bolso
Malika Oufkir foi criada como uma princesa. Filha do chefe do exército e da polícia secreta do Marrocos, no início da década de 50 ela foi adotada pelo rei Mohammed v e, depois da morte dele, por seu filho Hussein ii. Morou em palácios, recebeuuma educação refinada e se acostumou a conviver com reis e artistas de cinema. Um dia, porém, quando seu verdadeiro pai, Mohamed Oufkir, tentou um golpe de Estado para derrubar Hussein ii, essa vida de sonhos acabou. Seu pai foi assassinado e ela, a mãe e seus cinco irmãos foram levados para uma prisão em algum lugar do Saara. Durante vinte anos eles viveram em condições desumanas, submetidos a toda sorte de humilhações, até conseguirem escapar. Esta é a história que a própria Malika e a jornalista francesa Michèle Fitoussi narram neste livro, um verdadeiro conto de fadas às avessas em pleno século xx.
“Quando Nitzesche chorou”
Autor: Irvim D. Yalom
Editora:Agir

Esta é uma envolvente mescla de fato e ficção, um drama de amor, fé e vontade tendo por pano de fundo o fermento intelectual da Viena do século XIX às vésperas do nascimento da psicanálise. Friedrich Nietzsche, o maior filósofo da Europa... Josef Breuer, um dos pais da psicanálise... um pacto secreto... um jovem médico interno de hospital chamado Sigmund Freud: esses elementos se combinam para criar a saga inesquecível de um relacionamento imaginário entre um extraordinário paciente e um terapeuta talentoso. Na abertura deste romance irresistível, a inatingível Lou Salomé roga a Breuer que ajude a tratar o desespero suicida de Nietzsche mediante sua experimental terapia através da conversa. Ao aceitar relutante a tarefa, o eminente médico realiza uma grande descoberta: somente encarando seus próprios demônios internos poderá começar a ajudar seu paciente. Assim, dois homens brilhantes e enigmáticos mergulham nas profundezas de suas próprias obsessões românticas e descobrem o poder redentor da amizade.
“Travessuras da Menina Má”
Autor: Mario Vargas Llosa
Editora: Alfaguarra
O peruano vê realizado, ainda jovem, o sonho que sempre alimentou: o de viver em Paris. O reencontro com um amor da adolescência o trará de volta à realidade. Lily - inconformista, aventureira e pragmática - o arrastará para fora do pequeno mundo de suas ambições. Ricardo e Lily - ela sempre mudando de nome e de marido - se reencontram várias vezes ao longo da vida, em diferentes cidades do mundo que foram cenário de momentos emblemáticos da história contemporânea. Na Paris revolucionária dos anos 60; na Londres das drogas, da cultura hippie e do amor livre dos anos 70; na Tóquio dos grandes mafiosos; e na Madri em transição política dos anos 80.
Alguns do muitos outros livros citados ao longo do encontro:
“Ostra feliz não faz pérola”
Autor: Rubem Alves
Editora: Planeta
"Ostras felizes não fazem pérolas. Pessoas felizes não sentem a necessidade de criar. O ato criador, seja na ciência ou na arte, surge sempre de uma dor. Não é preciso que seja uma dor doída. Por vezes a dor aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade". Com estas palavras, o próprio autor define o seu livro. Rubem Alves, um dos intelectuais mais respeitados do Brasil revela muito de suas próprias experiências de vida em Ostra feliz não faz pérola. Um prato cheio para quem busca conhecer novos pontos de vista sobre a vida.
“Ceci tem pipi”
Autor: Thierry Lenain
Editora: Companhia das Letrinhas
No começo, era tudo muito simples para Max: havia o pessoal Com-pipi e o pessoal Sem-pipi. Era assim desde que o mundo era mundo. Os primeiros eram mais fortes, claro, pois tinham pipi. E Max, que tinha pipi, estava muito contente por ser um cara Com-pipi. Azar das meninas, não era culpa dele que elas não tinham "uma certa coisa". Um belo dia na escola, porém, uma garotinha chamada Ceci vai para a turma de Max. Como ela é uma Sem-pipi, Max não dá muita bola para Ceci. Ela que vá brincar de boneca ou desenhar florzinhas, ele pensa. Mas aos poucos a menina vai deixando Max intrigado: Ceci desenha um mamute, joga bola e tem uma bicicleta de garoto. Será que Ceci é diferente porque tem pipi? Max decide investigar. "Ceci tem Pipi?" é uma historinha divertida sobre a descoberta das diferenças e das semelhanças entre meninos e meninas, com ilustrações coloridas e bem-humoradas.
“A mulher que não prestava”
Autor: Tati Bernardi
Editora: panda Books
Para quem conhece o estilo de Tati Bernardi, este livro é uma seleção dos melhores contos da escritora. Para quem não conhece, vai um conselho: prepare-se para um encontro com o espelho. Isso mesmo. "A Mulher que Não Prestava" está aí, dentro de você. Geralmente ela é domesticada e não mostra a cara. Mas a da Tati é ousada, sincera, neurótica e indecente. Neste livro você vai encontrar contos românticos, ácidos, mal-humorados e divertidos. Essas são as múltiplas faces de Tati Bernardi: a mulher moderna que busca equilibrar a vontade de engolir o mundo com a espera do príncipe encantado.
“A menina que roubava livros”
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrinseca
Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em "A Menina que Roubava Livros", livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do "The New York Times".
Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro". Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.
E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de rouba-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar.
Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhece-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.
“Livreiro de Cabul”
Autor: Asne Seierstad
Editora: Record
Um livro ideal para quem gostou do best seller "O Caçador de Pipas", "O Livreiro de Cabul" apresenta o fascinante universo do dia-a-dia afegão, porém, sob a ótica de uma ocidental. Após viver quatro meses com a família do livreiro afegão Sultan Khan, a jornalista norueguesa Âsne Seierstad compôs o melhor retrato das contradições extremas e da riqueza cultural desse país. Um relato emocionante do cotidiano de uma família islâmica e das dificuldades deste povo para obter conhecimento e se comunicar.
“Cidade do sol”
Autor: Khaled Hosseini
Editora: Nova Fronteira
Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rasheed, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos.Confrontadas pela História, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a História continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.
“Os homens que não amavam as mulheres”
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Vem da Suécia um dos maiores êxitos no gênero de mistério dos últimos anos: a trilogia Millennium - da qual este romance, Os homens que não amavam as mulheres, é o primeiro volume. Seu autor, Stieg Larsson, jornalista e ativista político muito respeitado na Suécia, morreu subitamente em 2004, aos cinqüenta anos, vítima de enfarte, e não pôde desfrutar do sucesso estrondoso de sua obra. Seus livros não só alcançaram o topo das vendas nos países em que foram lançados (além da própria Suécia, onde uma em cada quatro pessoas leu pelo menos um exemplar da série, a Alemanha, a Noruega, a Itália, a Dinamarca, a França, a Espanha, a Itália, a Espanha e a Inglaterra), como receberam críticas entusiasmadas.
O motivo do sucesso reside em vários fronts. Um deles é a forma original com que Larsson engendra a trama, fazendo-a percorrer variados aspectos da vida contemporânea, da ciranda financeira feita de corrupção à invasão de privacidade, da violência sexual contra as mulheres aos movimentos neofascistas e ao abuso de poder de uma maneira geral. Outro é a criação de personagens extremamente bem construídos e originais, como a jovem e genial hacker Lisbeth Salander, magérrima, com o corpo repleto de piercings e tatuagens e comportamento que beira a delinqüência. O terceiro é a maestria em conduzir a narrativa, repleta de suspense da primeira à última página.
Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o veelho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.
Quase quarenta anos depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger. E que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois.... até um momento presente, desconfortavelmente presente.
“Ensaio sobre a cegueira”
Autor: José Saramago
Editora: Companhia das Letras
Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma "treva branca" que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas.O "Ensaio Sobre a Cegueira" é a fantasia de um autor que nos faz lembrar "a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti. Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: ´uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos´.
Bjinhus
Tati Carolino